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‘Como se eu tivesse nascendo de novo’, diz mulher trans após receber certidão com nome social, emitida por cartório no CE

O Cartório de Caio Prado, Distrito de Itapiuna-CE, contribuiu com a campanha Registre-se, coordenada pelo CNJ em parceria com a Arpen-BR, num caso que ficou nacionalmente conhecido depois de veiculação em reportagens da TV Globo.

Foi o cartório onde estava registrada Valdericia Fernandes de Brito, de 32 anos, que há 22 anos vive em situação de rua e há 3 anos se mudou para Brasília-DF. Graças ao mutirão, a mulher trans conseguiu a segunda via da certidão de nascimento com as devidas averbações.

Valdelícia Fernandes de Brito recebeu certidão de nascimento com nome social em ação do Conselho Nacional de Justiça no DF — Foto: g1 DF
Valdelícia Fernandes de Brito recebeu certidão de nascimento com nome social em ação do Conselho Nacional de Justiça no DF — Foto: g1 DF

“Eu sempre tive esse sonho. Sempre quis uma certidão de nascimento com meu nome de mulher, mas eu não tinha condições de arcar com os gastos. Hoje, com essa certidão de nascimento, é como se eu tivesse nascendo de novo”, comemorou Valderícia.

A titular Juliana Antonello, que emitiu a certidão do distrito cearense para a capital federal, também comemorou esta demonstração da capilaridade dos cartórios de distrito, cumprindo sua atribuição como ofício da cidadania:

“O sentimento foi de missão cumprida como Registradora Civil, conseguir dar a dignidade a esse ser humano, que está numa situação de vulnerabilidade, por isso precisamos com urgência, que o Tribunal de Justiça do Ceará implemente o nosso direito de recebimento da Renda Mínima, vez que a mesma está prevista no Provimento 81 do CNJ. Nosso trabalho  é essencial para a sociedade, precisamos deixar de ser invisíveis e nos tornarmos valorizados!”, disse a titular depois da repercussão e do reconhecimento.

Assessoria de Comunicação do SINOREDI-CE com informações do G1

 

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