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CEARÁ: HONRANDO A DATA MAGNA COM O LEGADO DE FRANCISCO JOSÉ DO NASCIMENTO

Em 25 de março de 1884, o Ceará se destacou como pioneiro no Brasil ao conceder a liberdade aos seus escravos, quatro anos antes da promulgação da Lei Áurea em 13 de maio de 1888. O líder do movimento abolicionista no estado, Francisco José do Nascimento, conhecido como Dragão do Mar ou Chico da Matilde, desempenhou um papel crucial nesse processo.

Nascido em Canoa Quebrada, Aracati, em 1839, Francisco José, de origem humilde, tornou-se prático da Capitania dos Portos em 1874, onde testemunhou de perto o sofrimento causado pelo tráfico negreiro. Sua participação ativa no Movimento Abolicionista culminou em 1881, quando convenceu os colegas jangadeiros a se recusarem a transportar escravos para o sul do país, fechando o Porto de Fortaleza e impedindo o embarque de escravos para outras províncias.

Após 140 anos da Data Magna, celebrada em 25 de março, essa data é lembrada pela comunidade negra como um momento de reflexão e motivação na busca por direitos igualitários. Francisco José do Nascimento, em sua luta pelo fim da escravidão, recebeu homenagens póstumas, como a atribuição de seu nome ao Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura em Fortaleza, uma justa reverência à sua corajosa trajetória.

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